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Área no Parque da Lagoa recebe ações de recuperação ambiental

O município avança em uma importante ação de recuperação ambiental às margens do Rio Taquari. Essa intervenção ocorre na área de mata ciliar nas proximidades do antigo Parque da Lagoa. A iniciativa tem como objetivo reverter os impactos provocados pelas…


Por Eloisa Silva

Sexta-feira, 04 de julho de 2025 ás 14:16

Atualizado sexta-feira, 04 de julho de 2025 ás 14:16

Recolhimento de cascalhos antecede plantio de mudas nativas e recuperação do solo. (Foto: divulgação)
Recolhimento de cascalhos antecede plantio de mudas nativas e recuperação do solo. (Foto: divulgação)

O município avança em uma importante ação de recuperação ambiental às margens do Rio Taquari. Essa intervenção ocorre na área de mata ciliar nas proximidades do antigo Parque da Lagoa. A iniciativa tem como objetivo reverter os impactos provocados pelas enchentes de 2023 e 2024, que comprometeram o solo e a vegetação na beira do manancial.

A obra integra o Programa de Recuperação Sustentável da Mata Ciliar do Rio Taquari, desenvolvido em parceria com o Ministério Público Estadual. A proposta abrange uma série de medidas técnicas à recomposição do solo e à regeneração da mata nativa. O projeto, com investimento de R$ 400 mil, é financiado com recursos do Fundo de Reparação de Bens Lesados, viabilizado por meio de edital do MP.

Segundo o secretário-adjunto de Planejamento e Meio Ambiente de Estrela, Emerson Musskopf, a área que antes abrigava a Lagoa Maria Dresch passou por uma transformação geográfica. O local foi transformado em uma enseada em decorrência do acúmulo de cascalhos e da erosão. Com isso, a vegetação foi destruída e o solo arrastado pelas águas.

Para restaurar as condições naturais, o secretário explica que será feito o depósito de solo vegetal, seguido do plantio de gramíneas e de aproximadamente 1,2 mil mudas de arbustos típico de beiro de rio. O plantio tem como objetivo conter o avanço da erosão, fortalecer o solo e impulsionar o retorno da biodiversidade.

A obra prevê também a instalação de biomantas sobre a área recuperada. “Essas estruturas são formadas por duas camadas de tela com fibras vegetais, fixadas ao terreno com estacas de aço. Funcionam como um tapete que protege o solo e facilita o crescimento das novas plantas”, esclarece Musskopf.

A proposta não prevê a reconstrução do parque da Lagoa como área de lazer, mas mantém a estrada de acesso existente. Uma das etapas previstas pela pasta é a reformulação da rampa de acesso ao rio, com adequação ao curso da correnteza do rio Taquari.

“Ainda que o sistema implantado não represente proteção contra grandes enchentes, como a registrada em maio, pode atuar de forma eficaz em eventos de menor intensidade. Além disso, reduz a vulnerabilidade do solo e contribui para evitar degradações”, afirma o secretário.

O projeto em execução é um dos primeiros a ser efetivado com os recursos obtidos via fundo de reparação. Estão em fase de planejamentos outras iniciativas semelhantes em diferentes pontos do município, com busca de apoio do governo federal.

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