• Oito meses em obras

Como está o Castelinho para a volta às aulas

Salas do segundo piso e no terceiro andar. Essa será a área destinada para atender os cerca de 750 alunos. Com retorno marcado para 4 de agosto, o Colégio Castelo Branco estará em obras até o fim do ano e…


Por Eloisa Silva

Quarta-feira, 09 de julho de 2025 ás 16:50

Atualizado quarta-feira, 09 de julho de 2025 ás 16:50

Coordenadora da 3ª CRE, Greicy Weschenfelder acompanha andamento das obras e garante que a nova estrutura vai contribuir diretamente para a qualidade da educação oferecida. (Foto: Maira Schneider)
Coordenadora da 3ª CRE, Greicy Weschenfelder acompanha andamento das obras e garante que a nova estrutura vai contribuir diretamente para a qualidade da educação oferecida. (Foto: Maira Schneider)

Salas do segundo piso e no terceiro andar. Essa será a área destinada para atender os cerca de 750 alunos. Com retorno marcado para 4 de agosto, o Colégio Castelo Branco estará em obras até o fim do ano e vai precisar adaptar a ocupação das áreas.

Como pontos de atenção, a troca da fiação elétrica e melhorias na tubulação de água. Esses trabalhos importantes e em execução. Na manhã de ontem, eram 12 operários em atuação no prédio histórico. Uma força-tarefa para garantir condições de retorno dentro do prazo.

Como aspectos positivos da intervenção, todo o telhado foi refeito, o piso trocado e a pintura quase pronta. Em meio ao preparo, a confirmação do retorno ao prédio histórico é motivo de alegria entre professores, funcionários e comunidade escolar.

A coordenadora da 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Greicy Weschenfelder, destaca o valor simbólico da reabertura. “Representa retornar a uma casa tradicional, um patrimônio cultural de educação. Significa dar dignidade às pessoas, permitir que se sintam pertencentes a essa história construída a muitas mãos”, afirma.

Greicy reconhece o esforço coletivo. “Foi um tempo difícil. Tivemos apoio das secretarias de Estado e de muitas mãos que ajudaram. O passado ficou marcado, mas agora é tempo de olhar para o futuro e reconstruir. A escola, com seu ambiente e clima, contribui diretamente para a qualidade da educação que oferecemos.”

Desejo de voltar

A diretora do Castelinho, Evenize Pires, celebra o avanço das obras e a confirmação do retorno. “Já temos dez salas prontas para receber o mobiliário, os setores básicos como secretaria, refeitório e coordenação estão finalizados, e a biblioteca não foi atingida. A quadra também estará liberada para atividades físicas, um dos pontos altos da volta.”

Apesar de parte do térreo e o ginásio ainda estarem em obras — com previsão de conclusão nos próximos seis meses —, a escola está preparada para receber os alunos com segurança e qualidade, afirma. “O Castelinho está ficando muito bonito. Já requisitamos e recebemos do Estado todos os equipamentos necessários, como projetores e condicionadores de ar”, frisa a diretora.

Quase dois anos

As aulas no prédio histórico foram interrompidas em setembro de 2023. Para garantir o fim do ano letivo, foi feito um convênio com a Univates em novembro daquele ano. Neste período, duas novas inundações danificaram a estrutura.

A reforma só começou em dezembro de 2024. Após atrasos por falta de pessoal e cobranças da Secretaria Estadual de Obras Públicas (Seop), a empresa contratada reforçou a equipe e ampliou a jornada de trabalho para garantir a conclusão da etapa essencial para o reinício das aulas.

Em julho, o governo reafirmou o compromisso com a comunidade escolar. Ao todo, foram investidos mais de R$ 2,5 milhões na reforma. Entre os serviços, estão a troca do piso de madeira, reforços estruturais, reforma de telhado, substituição da fiação elétrica e melhorias no sistema de drenagem.

Sonho do reencontro

A agente educacional Janice Althaus, trabalha há 18 anos na escola. “Chorei muito. Depois da enchente de setembro de 2023, tínhamos limpado tudo. Lavamos cortinas, organizamos salas e, de repente, perdemos tudo de novo. Foi devastador ver aquela lama, jogar tudo fora: móveis, material didático…”, relembra.

Mesmo durante o período em que a escola estava na Univates, Janice mantém a rotina no Castelinho desde o início das obras, em dezembro do ano passado, abrindo e fechando o prédio todos os dias e acompanhando a reforma. “Eu amo essa escola. É minha segunda casa. Sonhei muitas noites com o momento de ver os alunos aqui de novo. Agora, com o retorno confirmado, estou contando os dias.”

Vínculo

Durante o período em que a escola funcionou na Univates, havia um estranhamento, relatam alunos e funcionários. Com o retorno ao endereço histórico, a direção espera se reaproximar da comunidade escolar. “Na Univates tivemos acesso a laboratórios, oficinas e outros espaços que foram muito bem aproveitados. Agradecemos pela acolhida”, diz a diretora Evenize.

Ainda assim, os estudantes não se sentiam pertencentes ao local, acrescenta. “Agora, com a volta, esperamos mais envolvimento das famílias e da própria cidade. Nada melhor do que retornar para casa”, resume.

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