A região disputa metade dos recursos administrados pela Federação das Entidades Empresariais (Federasul) e pelos institutos Ling e Floresta, dentro do programa Reconstrói RS. O Vale do Taquari tem a sinalização de R$ 20 milhões para esta etapa.
Nesta segunda fase, foram inscritos um total de 26 projetos de infraestrutura, elaborados pela Câmara da Indústria e Comércio (CIC-VT), com apoio das associações dos municípios (Amvat e Amat).
A consolidação desse total de doações depende dos projetos técnicos, executivos e da contrapartida dos municípios. “Tenho 99% de certeza que vamos conseguir acessar tudo o que pedimos”, projeta o presidente da CIC-VT, Angelo Fontana.
De acordo com ele, nesta nova etapa, todos os municípios da região foram consultados. Em 19 foi possível avançar na elaboração dos projetos, por cumprirem os requisitos do programa (confira a listagem abaixo).
“Nosso esforço é para encontrar alternativa viável para uso de recurso público, que esteja dentro da lei, com a finalidade de não prejudicar ou burocratizar o andamento das obras”, destaca.
Conforme Fontana, nesta etapa é possível investir em intervenções como drenagem, contenção de encostas e construção de pontes. A lista de projetos é abrangente e envolve uma série de intervenções estruturais em cidades atingidas por eventos climáticos.
O Reconstrói RS foi lançado após a tragédia de maio do ano passado. A partir de doações da iniciativa privada, chegou a um orçamento perto dos R$ 100 milhões para obras de infraestrutura.
Para acessar, às associações comunitárias, comerciais e representações do setor produtivo poderiam cadastrar os projetos. A escolha dos beneficiados é avaliada por um comitê composto por especialistas em engenharia e arquitetura.
Primeira fase
Nos projetos inscritos pela CIC-VT, foram aprovadas dez pontes. Dentro de associações comunitárias, foram mais cinco projetos, entre elas está a ligação entre Marques de Souza e Travesseiro.
“Temos mantido um diálogo muito próximo dos proponentes do Reconstrói RS. Há um entendimento dentro da Federasul de que o Vale do Taquari precisa ser atendido e valorizado”, diz o vice-presidente da Federasul, Rafael Goelzer.
“O programa foi pensado para incentivar a atuação comunitária e empreendedora. O Vale do Taquari tem essa característica, de uma história de trabalho colaborativo”, acrescenta. Em cima disso, realça que o Reconstrói RS é um aporte a fundo perdido, sem necessidade de devolução
Projetos inscritos
Na segunda fase, região disputa R$ 20 milhões do fundo do Reconstrói RS, confira as cidades e os pedidos:
Putinga: 5 projetos de drenagem
Ilópolis: 2 projetos de drenagem
Doutor Ricardo: 2 projetos de drenagem e 2 de contenção
Nova Brécia: 3 projetos de contenção
Travesseiro: 1 ponte
Arroio do Meio: 1 obra de drenagem e 2 pontes
Dois Lajeados: 1 ponte
Itapuca: 1 ponte
Cruzeiro do Sul: 1 ponte
Boqueirão do Leão: 2 pontes
Taquari: 1 ponte
São Valentim do Sul: 2 pontes
Capitão: 1 projeto de drenagem
Vespasiano Corrêa: 4 projetos de drenagem
Encantado: 1 projeto de drenagem e 1 ponte
Relvado: 1 projeto de drenagem e 1 ponte
Tabaí: 1 projeto de drenagem
Paverama: 1 projeto de drenagem
Sério: 2 contenções
Progresso: 1 projeto de drenagem
Coqueiro Baixo: 1 obra de contenção
Canudos do Vale: 1 ponte
Estrela: 1 obra de drenagem
Pouso Novo: 2 pontes
Lajeado: 1 ponte
Muçum: 2 pontes
Colinas: 1 projeto de contenção
Imigrante: 4 projetos de contenção e 1 ponte

